domingo, 18 de maio de 2014

3 Dicas para compreender o mundo da criança pequena.



 





A criança pequena é a essência do egocentrismo. Ela pensa que o mundo é dela e que tudo lhe pertence.

 Ela acredita sinceramente que tudo aquilo com que entra em contato está ali em seu benefício ou com a finalidade de diverti-la.

Ela acredita que os outros são capazes de ler sua mente e que o papel deles é assegurar o cumprimento de cada um dos desejos que tem. Ela se dedica tenazmente a explorar e a realizar experiências para aumentar seu conhecimento e desenvolvimento.

Entretanto, ela ainda precisa desenvolver a tolerância à frustração, e por isso todo obstáculo ao seu progresso — seja um dos pais, suas próprias e limitadas capaci­dades ou o pé que se recusa a entrar na meia — é um alvo justo para sua raiva.

 Sua raiva não conhece limites, pois ainda não sabe como contê-la, e, quando extravasa, a criança fica tão assustada quanto as pessoas que a cercam.

Como mãe ou pai, é imperativo que você aceite a inevitabilidade dos acessos de raiva, da desobediência e das agressões de seus filhos pequenos. Essas explosões emocionais vão acontecer de vez em quando.

 A frequência delas muito provavelmente vai depender do temperamento da criança. Você não pode controlar totalmente o comportamento de outras pessoas — nem mesmo de seu próprio filho.
Mas você pode e deve aprender a controlar sua reação a esse comportamento. Seu filho pequeno vai aprender os limites com muito mais facilidade e presteza se você for calma e firme em seus ensinamentos.

2. Dê opções a seu filho.

Certa vez, Paulo, então com quase dois anos, ficou muito frustrado porque o vento não lhe obedecia. Ele compreendia o que era o vento e normalmente se encantava com ele, mas nesse dia ele estava dizendo:

 “Vento, pare!" e fazendo gestos. Mas o vento não queria cooperar, e Paulo não estava gostando disso. O vento era apenas uma das muitas coisas que ele queria controlar, mas não podia fazê-lo.

As crianças pequenas desejam muito exercer algum tipo de autoridade sobre seu mundo. Você pode ajudá-las a sentir que têm um pouco de controle sobre suas vidas dando-lhes opções sempre que possível.

Diante da geladeira: "Você prefere empanados de frango ou de peixe?" No parquinho: “Você quer brincar primeiro no escorregador ou no balanço?" Ao se vestir: "Hoje você quer pôr a camisa azul ou a vermelha?" Você pode lhe dar opções até no supermercado, pergun­tando: “Que melancia parece mais bonita, esta ou aquela?"

Basta ter o cuidado de só oferecer opções quando ele puder realmente decidir. Não diga:

 “Muito bem, filho, pronto para seu banho?” Se você estiver decidida a mergulhá-lo na banheirinha naquele exato momento, independentemente do que ele diga. Se ele disser não e você não respeitar essa opção, ele vai se sentir muito pior do que se você dissesse apenas:

 “Hora do banho!" Não faça per­guntas a menos que espere realmente uma resposta. Fazer uma pergunta e depois menosprezar a resposta serve apenas para ressaltar o fato de que a criança está impo­tente diante de uma situação.

3. Substitua um comportamento por outro.
Em vez de dizer a uma criança para não fazer algo, tente lhe dizer o que deve fazer. Depois de se acostumar com essa prática, tente se concentrar cada vez mais em O QUE FAZER.

 A criança gosta de aprender coisas novas. Diga-lhe que é assim que papai e mamãe fazem, e depois a elogie entusiasticamente por fazer a coisa dessa maneira. Com isso, você obterá resultados muito mais agradáveis — e mais rapidamente — do que se dissesse apenas: ‘‘Não!”

Seu pequeno artista de circo quer ficar pulando do alto do sofá? Diga: “Se você pular daí, pode se machucar. Venha pular desta banqueta". Diga-o com naturalidade e finja que está pulando da banqueta. E se seu pequeno rato de biblioteca começou a arrancar as páginas com desenhos dos livros?

 Se você disser apenas: "Não rasgue seus livros!" ele passará de uma atividade excitante para nenhuma atividade. Mas, se você disser:

“Não é bom rasgar seus livros, porque depois não vamos poder lê-los. Experimente virar as páginas devagarinho, assim”, então você estará apresentando a seu filho um desafio que poderá lhe trazer elogios no lugar de reprimendas.

 Diga: “Pegue o cachorrinho com cuidado", em vez de: “Não puxe o rabo do cachorro!” Ou então: "Se você puxar o rabo do cãozinho, ele vai ficar machucado; ele gosta de cari¬nho. Olhe, é gostoso fazer isso".

Procure evitar a palavra ‘não’. Crianças pequenas podem não compreendê-la e acabam se "concentrando no resto da frase.

Quando você diz: “Não fique de pé na cadeira", ela pode ouvir uma palavra que não compreende direito — o 'não' -— seguida de: “Fique de pé na cadeira".

 Em vez disso, tente usar um comando afirmativo, como “Sente-se". Use comandos breves, imediatos e bastante claros. Depois, explique a razão do pedido. í
Penelope Leach afirma: “(...) as crianças acham muito mais fácil compreender e gravar instruções positivas do que negativas, o que devem fazer do que o que não devem e preferem a não agir.
Procure dizer: “Assim, sim”. Em vez de: “Não quero assado”, e tente dizer: Sim” e “Continue” pelo menos com a mesma frequência com que diz “não” e “Pare com isso”
Postado por DharmaDhannya
























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