"3 Dicas para compreender o mundo da criança pequena".
A criança pequena é a essência do egocentrismo. Ela pensa que o mundo
é dela e que tudo lhe pertence.
Ela acredita sinceramente que
tudo aquilo com que entra em contato está ali em seu benefício ou com a
finalidade de diverti-la.
Ela acredita que os outros são capazes de ler sua mente e que o papel
deles é assegurar o cumprimento de cada um dos desejos que tem. Ela se dedica
tenazmente a explorar e a realizar experiências para aumentar seu
conhecimento e desenvolvimento.
Entretanto, ela ainda precisa desenvolver a tolerância à frustração, e
por isso todo obstáculo ao seu progresso — seja um dos pais, suas próprias e
limitadas capacidades ou o pé que se recusa a entrar na meia — é um alvo
justo para sua raiva.
Sua raiva não conhece limites,
pois ainda não sabe como contê-la, e, quando extravasa, a criança fica tão
assustada quanto as pessoas que a cercam.
Como mãe ou pai, é imperativo que você aceite a inevitabilidade dos
acessos de raiva, da desobediência e das agressões de seus filhos pequenos.
Essas explosões emocionais vão acontecer de vez em quando.
A frequência delas muito
provavelmente vai depender do temperamento da criança. Você não pode
controlar totalmente o comportamento de outras pessoas — nem mesmo de seu
próprio filho.
Mas você pode e deve aprender a controlar sua reação a esse
comportamento. Seu filho pequeno vai aprender os limites com muito mais
facilidade e presteza se você for calma e firme em seus ensinamentos.
2. Dê opções a seu filho.
Certa vez, Paulo, então com quase dois anos, ficou muito frustrado
porque o vento não lhe obedecia. Ele compreendia o que era o vento e
normalmente se encantava com ele, mas nesse dia ele estava dizendo:
“Vento, pare!" e fazendo
gestos. Mas o vento não queria cooperar, e Paulo não estava gostando disso.
O vento era apenas uma das muitas coisas que ele queria controlar, mas não
podia fazê-lo.
As crianças pequenas desejam muito exercer algum tipo de autoridade
sobre seu mundo. Você pode ajudá-las a sentir que têm um pouco de controle
sobre suas vidas dando-lhes opções sempre que possível.
Diante da geladeira: "Você prefere empanados de frango ou de
peixe?" No parquinho: “Você quer brincar primeiro no escorregador ou no
balanço?" Ao se vestir: "Hoje você quer pôr a camisa azul ou a
vermelha?" Você pode lhe dar opções até no supermercado, perguntando:
“Que melancia parece mais bonita, esta ou aquela?"
Basta ter o cuidado de só oferecer opções quando ele puder realmente
decidir. Não diga:
“Muito bem, filho, pronto para
seu banho?” Se você estiver decidida a mergulhá-lo na banheirinha
naquele exato momento, independentemente do que ele diga. Se ele disser não
e você não respeitar essa opção, ele vai se sentir muito pior do que se você
dissesse apenas:
“Hora do banho!" Não faça
perguntas a menos que espere realmente uma resposta. Fazer uma pergunta e
depois menosprezar a resposta serve apenas para ressaltar o fato de que a
criança está impotente diante de uma situação.
3. Substitua um comportamento por outro.
Em vez de dizer a uma criança para não fazer algo, tente lhe dizer o
que deve fazer. Depois de se acostumar com essa prática, tente se concentrar
cada vez mais em O QUE FAZER.
A criança gosta de aprender
coisas novas. Diga-lhe que é assim que papai e mamãe fazem, e depois a elogie
entusiasticamente por fazer a coisa dessa maneira. Com isso, você obterá
resultados muito mais agradáveis — e mais rapidamente — do que se dissesse
apenas: ‘‘Não!”
Seu pequeno artista de circo quer ficar pulando do alto do sofá? Diga:
“Se você pular daí, pode se machucar. Venha pular desta banqueta".
Diga-o com naturalidade e finja que está pulando da banqueta. E se seu
pequeno rato de biblioteca começou a arrancar as páginas com desenhos dos
livros?
Se você disser apenas:
"Não rasgue seus livros!" ele passará de uma atividade excitante
para nenhuma atividade. Mas, se você disser:
“Não é bom rasgar seus livros, porque depois não vamos poder lê-los.
Experimente virar as páginas devagarinho, assim”, então você estará
apresentando a seu filho um desafio que poderá lhe trazer elogios no lugar de
reprimendas.
Diga: “Pegue o cachorrinho com
cuidado", em vez de: “Não puxe o rabo do cachorro!” Ou então: "Se
você puxar o rabo do cãozinho, ele vai ficar machucado; ele gosta de
cari¬nho. Olhe, é gostoso fazer isso".
Procure evitar a palavra ‘não’. Crianças pequenas podem não
compreendê-la e acabam se "concentrando no resto da frase.
Quando você diz: “Não fique de pé na cadeira", ela pode ouvir uma
palavra que não compreende direito — o 'não' -— seguida de: “Fique de pé na
cadeira".
Em vez disso, tente usar um
comando afirmativo, como “Sente-se". Use comandos breves, imediatos e
bastante claros. Depois, explique a razão do pedido. í
Penelope Leach afirma: “(...) as crianças acham muito mais fácil
compreender e gravar instruções positivas do que negativas, o que devem fazer
do que o que não devem e preferem a não agir.
Procure dizer: “Assim, sim”. Em vez de: “Não quero assado”, e tente
dizer: Sim” e “Continue” pelo menos com a mesma frequência com que diz “não”
e “Pare com isso”
Postado por DharmaDhannya
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domingo, 18 de maio de 2014
3 Dicas para compreender o mundo da criança pequena.
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