quarta-feira, 13 de março de 2013

Anánké - Necessidade









Anánké - Necessidade


DharmadhannyaEl



As Rodas (do Universo) giram sobre os joelhos da
Necessidade e na parte superior de cada círculo, se
encontra uma sereia, que gira com eles, entoando uma
só nota ou som. As oito juntas formam um todo
harmônico, e, em volta, em intervalos iguais, há um
grupo de três sereias, cada qual sentada no seu
trono, são as parcas, filhas da Necessidade, que
vestem túnicas brancas e usam uma coroa na cabeça."
Platão.

A senhoras do destino são conhecidas com muitos
nomes, apresentam muitas faces; na mitologia grega,
conhecemos também, as filhas de Nix, a deusa da Noite,
ou Erda, a mãe Terra, elas são chamadas Moiras ou Erínias ou
 Normas ou Hécate de três faces, assim, como são três em forma e aspecto lunares.

Inicialmente os gregos acreditavam que as Moiras
Representavam a personificação do destino individual 
da "parcela" que toca a cada um. Com o tempo entre os gregos, 
 desenvolveu-se aos poucos a idéia das Moiras tecendo o destino de todos os homens.

Estas “Senhoras” tecem e possuem a funções específicas" e
 são chamadas de Cloto,a que tece o fio, Laquesis mede-o
 e Atropos corta-o; e os próprios deuses estão limitados
 por essas três, por terem sido originadas da incipiente
 Mãe Noite, antes que Zeus e Apolo trouxessem dos céus a revelação 
do eterno e incorruptível espírito humano.

Este destino, que os gregos chamavam Moira, é o
"servo da Justiça" o que contrabalança ou pune os desvios
, com relação às leis do desenvolvimento
natural, e da ordem. 


Esse destino pune os transgressores dos limites
fixados pela necessidade, a deusa Anánké.

"Quando os homens transgridem e ultrapassam o
(métron), perdendo o senso de medida, ou cometem uma 
falta grave, desperta a ira dos deuses e desencadeia a
punição, inscrita numa ordem que o transcende.

É a justiça que se exerce através da Moira. Desta forma,
o trágico resulta da transgressão da Ordem, que conduzindo à catástrofe, 
a partir do então inevitável, gera as condições para o retomo à
 plenitude com o restabelecimento da harmonia e, portanto, da ordem."
Eli Diniz

A necessidade não tem imagem, é próprio desta grande
deusa: ela se refere aos limites que criam obrigação e 
constrangimento, podemos sentir seu domínio, suas garras em
tudo aquilo que não nos liberta.

Ela está associada a corda, ao laço, a coleira, a prisão,
o nó, o eixo, a grinalda, o arreio e o jugo. São os modos de falar de Ananke,
 segundo James Hilmam.

Sua morada se instala na imaginação, no universo das 
idéias, das fantasias onde o ego nunca consegue se 
libertar, controlar.

As garras da necessidade esmagam a alma onde ela 
mais deseja, mais necessita para Viver.
Os desejos da alma alimentam a fome insaciável de Ananke,
deusa que cumpre o seu destino
de libertar o homem das garras do desejo, do apego,
da matéria.

O homem é escravo das suas necessidades, quando sua
consciência paira no mundo astral, ele é dominado
pelo desejo de tudo aquilo que ele mais 
quer. 

Ananke canta nos ventos no coração da vida.
" Ela é soberana de todos os deuses que moram no Universo,
e governa o mundo das crenças, dos sonhos, da idéias 
que habitam a mente dos homens.

Anánké

Eu sou uma das deusas que mora no coração de
todos. 

Eu Sou a deusa que se alimenta dos desejos e necessidades
de cada um. Por isto não tenho rosto. As muitas faces,


as várias máscaras que assumi estão vivas e eternas 
dentro da psique dos humanos.

Os deuses deixaram impresso no código genético de todos,
a sua natureza divina e lá estou para 
que cada um cumpra o seu destino.

O que seria dos homens se não houvesse o prazer 
que o desejo necessita para viver? 
Eu circulo no seu sangue eu faço a roda girar.

A necessidade é faminta, insaciável, feroz, carnívora; 
naqueles que caminham cegos em busca do poder da dominação
, violência e guerra.

Eu vivo dentro de todos aqueles que não abrem mão
do controle sobre a vida e sobre o outro.

A minha maldição para os egoístas 
se revela na sua necessidade nunca satisfeita de ser 
amado, sem amar,
de receber sem doar, de colher sem plantar.

Eu sou o nó, a corrente,
a parede que aprisiona a alma

e não permite que ela consiga realizar a sua maior
carência 
Eu sou a raiz da árvore chamada de ego(pequeno eu)

Eu Sou a vida, Eu sou a morte.

Me alimento da loucura, da insanidade e da
expiação.

Ai, daquele que se revolta e blasfema como
vítima,não assume seus erros, suas limitações
e ataca o mundo com sua fúria insana 
– o meu laço apertará muito mais forte,
e sua necessidade será insaciável.

Eu sou a pestilência das suas
concepções , dos seus pensamentos e emoções. 

Eu reproduzo e multiplico meus tentáculos com a
intensidade dos seus desejos, da sua corrupção, das
suas necessidades.
Eu transformo sua mente em um inferno
de carência - um atormentado (a)

Meus frutos são o egoísmo, a solidão, a indiferença,
a fúria, o ressentimento, a violência - que nascem na 
terra da inconsciência cega que gera fome, violência
e miséria e segue sem direção,vivo aprisionada no 
pecado ancestral.

Minhas sementes são a herança que os filhos recebem
no berço. 

Eu sou a natureza implacável, o tempo e o espaço – 
filha do caos, da desordem universal que instala a 
ordem no cosmos.

Eu sou a punição da lei que nenhum homem pode
violar.

Eu sou a força na psique coletiva, e individual que
libera e pune , a tudo e a todos que vivem no mundo
das ilusões ,do egoísmo individualista. 

Eu sou a memória e o registro que há na semente da vida.

Eu sou os limites da natureza,que pune a transgressão
do onipotente e do arrogante.
Eu sou o destino que o homem cria.
Eu Sou seus frutos.

Eu sou o inexorável, o inevitável destino que pune,
os transgressores de dentro para fora.
Eu Sou a lei que governa o indivíduo e o coletivo.
De fora para dentro. 

Eu Sou a semente adormecida no corpo, eu sou o fogo 
que desperta a serpente sagrada que liberta a alma dos
laços da necessidade. 
Morte, vida, renascimento, destino e transformação
são o meu reino e muitos dizem que sou Plutão.

A Era de Aquário me libertará deste meu destino de
sufocar e estrangular com o meu laço aquele que se
enclausura num mundo egoísta de ilusões.

O meu laço aperta aquele que necessita de
“felicidade’ só para si, para sua família ou para seu povo.



Quando cada um sentir a necessidade de dividir,
compartilhar a alegria , a paz, a fraternidade, a união e a sabedoria,
 eu terei transcendido o mundo ctônico, inferior da mente humana. 

Não mais me arrastarei faminta como um verm.
Eu sou as asas do espírito, 

Meu laço será o laço da infinita harmonia 
que há na existência.

Sou a necessidade coletiva de evolução, amor, paz,
prosperidade, justiça para todo o planeta, para toda a


existência. 

Sou a luz da escuridão.
Eu Sou a Luz da Consciência Universal
Serei conhecida como a Divina Providência.
A união de todos os povos, de todas as raças, de todas
as religiões trará à humanidade um novo tempo, uma
nova esperança.

Eu sou Dharma Dhannyael.
Inspirado nos texto de Liz Greene .



Nenhum comentário:

Postar um comentário